
Completamente renovada, a terceira geração do Outlander tem como cartão de visitas seu novo visual, mais ousado do que o adotado em outros modelos da Mitsubishi

O novo Outlander faz parte da terceira geração do modelo, mas a segunda no Brasil. A primeira versão do SUV foi vendida no Brasil entre 2003 e 2009 com o nome de Airtrek.
Disputando o segmento acima de R$ 100 mil, o Outlander conta com o acabamento esperado para a categoria, com materiais emborrachados e a adoção de couro em todas as versões. O visual do painel, contudo, é simples, especialmente se comparado a modelos mais ousados, como o Hyundai Santa Fe e Ford Edge.

urante o test-drive realizado por R7 Carros nos arredores de Mogi-Guaçú (SP) foi possível observar os principais atributos do Outlander, como o controlador de velocidade adaptativo, item oferecido somente na versão mais cara do SUV.
O sistema, capaz de acelerar e frear o carro sozinho a velocidades acima de 40 km/h está disponível apenas em um rival, o Volvo XC60.

A Mitsubishi espera que a versão 2.0 de entrada seja responsável por mais de 60% das vendas do novo Outlander, mas apenas a versão V6 topo de linha foi disponibilizada para a avaliação da imprensa especializada.
O novo Outlander terá três versões: a 2.0 (com cinco lugares) tem preço sugerido de R$ 102.990. Intermediária, a V6 de sete lugares custa R$ 130.990, valor que sobe para R$ 139.990 quando equipada com um pacote de opcionais.
Com carroceria próxima do estilo crossover, que mistura elementos de duas ou mais categorias, o Outlander vem de fábrica com uma boa lista de itens de série. Além do trivial ele conta com ar-condicionado digital de uma zona, airbags laterais, de cortina e para o joelho do motorista, teto-solar, bancos de couro, sistema multimídia e câmbio automático (continuamente variável no 2.0 e de seis marchas no V6).
A versão V6 intermediária adiciona ao pacote a terceira fileira de bancos, tração integral, ar-condicionado de duas zonas, bancos dianteiros com aquecimento (e ajuste elétrico para o motorista), controle de estabilidade e tração e navegador GPS.
Já a topo de linha oferece abertura e partida do carro sem chave, controlador de velocidade adaptativo, câmera de ré, sensor de estacionamento e abertura elétrica do porta-malas.

Itens como faróis de neblina e pneus 255/50 R18 com rodas de liga-leve são de série em todos os Outlander.
Com 240 cv, a versão topo de linha agrada pelo ronco do motor (especialmente na partida) e pelo fôlego em baixas e médias rotações. A integração com o câmbio, porém, é deficiente.
Com opção de trocas sequenciais de marcha através de borboletas atrás do volante, o Outlander confunde o motorista que optar por fazer a mudança manualmente próximo ao limite de giro. Como a transmissão muda de marcha mesmo no modo sequencial, em algumas situações o Outlander avança duas marchas, ao invés de uma.

Os freios, com assistência ABS em todas as versões, como manda a legislação, possuem boa modularidade, mas requerem pressões elevadas no pedal para deter o pesado SUV.
A suspensão independente nas quatro rodas é macia, absorvendo bem as irregularidades do asfalto. Isso acaba prejudicando a estabilidade do modelo em curvas, cuja carroceria inclina demasiadamente nesse tipo de situação.
Um dos destaques do Outlander é o bom isolamento acústico da cabine, que, somado à transmissão de seis marchas, impede que o ruído do motor invada o habitáculo mesmo acima dos 100 km/h.

Bem acabado e com desempenho interessante, o Mitsubishi Outlander é um rival de peso para Ford Edge, Kia Sorento Hyundai Santa Fe em sua versão topo de linha.
A versão 2.0, porém, peca na ausência de itens simples, como sensor de estacionamento e controle de estabilidade e tração.
A discrepância entre a versão de entrada do Outlander e a topo, que até freia sozinha, pode refletir nas vendas doMitsubishi.
Limitada pela cota de importação livre do aumento de 30 pontos da alíquota do IPI (de até 9.600 carros por ano), a Mitsubishi focará suas atenções para os modelos nacionais: Pajero TR4, L200 e ASX. O sedã Lancer também será feito em Catalão (GO) a partir de 2014.
fonte: noticias.r7.com